Summary

Monitoramento do ciclo estrous de roedores utilizando lavage vaginal: não existe tal coisa como um ciclo normal

Published: August 30, 2021
doi:

Summary

Este estudo detalha os fatores cruciais a serem considerados em projetos experimentais envolvendo ratos fêmeas. Em um sentido maior, esses dados servem para diminuir o estigma e auxiliar no desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico e intervenção mais inclusivas.

Abstract

A metodologia atual estabelece uma abordagem reprodutível, padronizada e econômica para monitorar o ciclo estrous de ratos adolescentes estrous fêmeas Sprague Dawley (SD). Este estudo demonstra a complexidade dos ciclos hormonais e o amplo espectro de compreensão necessário para a construção de uma técnica de monitoramento confiável e válida. Através de um exame aprofundado do desenho experimental principal e dos elementos processuais, esta descrição do ciclo e seus princípios fundamentais fornece um quadro para maior compreensão e desconstrói equívocos para replicação futura.

Juntamente com um esboço do processo de coleta de amostras empregando lavage vaginal, o procedimento descreve o mecanismo de categorização de dados no modelo de quatro estágios de proestrus, estrus, metestrus e diestrus. Essas etapas são caracterizadas por uma nova abordagem proposta, utilizando os 4 determinantes categorizadores da condição de fluido vaginal, tipo celular(s) presente, arranjo celular e quantidade celular no momento da coleta. Variações de cada estágio, amostras favoráveis e desfavoráveis, a distinção entre cíclica e acicllicidade e representações gráficas dos componentes categorizadores coletados são apresentadas juntamente com práticas interpretativas e organizacionais eficazes dos dados. No geral, essas ferramentas permitem a publicação de faixas de dados quantificáveis pela primeira vez, levando à padronização dos fatores de categorização após a replicação.

Introduction

Novas contribuições
O ciclo estrous de roedores tem sido identificado como um indicador essencial de bem-estar. No entanto, vieses inconscientes de investigadores e interpretações imprecisas sobre o corpo feminino dificultam a comunidade científica. A própria etimologia da palavra “estrous” implica um senso de inferioridade e negatividade. Eurípides usou o termo para descrever um “frenesi” ou loucura, Homer para descrever pânico, e Platão para descrever um impulso irracional. Este estudo destaca como essas perspectivas primitivas influenciam a comunidade científica atual e abordam essas preocupações através de um novo paradigma de mosaico — uma combinação atualizada de métodos previamente estudados, expandida em escopo para uma abordagem mais abrangente.

O estudo e o uso dessa técnica são necessários, em primeiro lugar, pois não há técnica de monitoramento padronizada e abrangente, e as práticas de interpretação de dados podem ser pouco claras. Em segundo lugar, embora as características do ciclo estrous dependam da estudo de ratos individuais, elas são muitas vezes universalizadas. Em terceiro lugar, enquanto os ciclos hormonais são processos rotineiros e benéficos, eles são cercados por estigmas perigosos explorados na seção “Tradução para Humanos”. Este estudo tem como objetivo abordar essas três questões de três maneiras — (A) descrevendo uma técnica de monitoramento de ciclo estrous profunda e esclarecendo como os resultados podem ser interpretados, (B) delineando métodos que mantêm a integridade e a individualidade de cada ciclo, e (C) chamando a atenção para equívocos que perpetuam práticas infundadas.

Este estudo também é único em seu foco em ratos adolescentes, período marcado por mudanças cruciais de desenvolvimento que lançam luz sobre diversas manifestações comportamentais, anatômicas e fisiológicas na idadeadulta 1. A construção de um projeto experimental padronizado para monitorar ciclos hormonais em uma população sub-pesquisada, ao mesmo tempo em que a desconstrução de vieses comuns permitirá o desenvolvimento de correlações hormonais confiáveis e válidas 2,3,4 e a determinação de interrupções do ciclo dependentes da condição 5,6,7,8,9,10 . Em última análise, essas novidades servem para ampliar critérios diagnósticos, tratamentos e intervenções de várias preocupações com o bem-estar.

Definições e usos fundamentais
O ciclo estrous é uma coleção de processos fisiológicos dinâmicos que ocorrem em resposta aos três hormônios esteroides sexuais femininos oscilantes: estradiol, hormônio leuteinizador (LH) e progesterona (Figura 1A,B). As interações entre o sistema nervoso endócrino e central regulam o ciclo, que na maioria das vezes persiste por 4-5 dias e se repete desde o início da maturação sexual até senescência reprodutiva e/ou cessação. Ele é dividido em categorias separadas com base nos níveis hormonais — mais comumente nos 4 estágios de diestrus (DIE), proestrus (PRO), estrus (EST) e metestrus (MET), que progridem de forma circular. O número de divisões pode variar de 3 estágios11 a 13 estágios12, dependendo da natureza do estudo13. O menor número de divisões muitas vezes exclui o MET como um estágio e classifica-o como um período de transição de curta duração. O número maior normalmente inclui subseções que permitem uma inspeção mais aprofundada de fenômenos como desenvolvimento de tumores ou pseudopregnação espontânea, o estado fisiológico da gravidez sem implantação embrionária 12,14,15.

Neste estudo, os estágios foram identificados por meio de componentes do canal vaginal, denominados os 3 classificados de determinantes-células presentes, arranjo celular e quantidade celular (Figura 2A-D). Embora a condição do fluido vaginal não tenha sido monitorada neste estudo, recomenda-se incluí-lo como um quarto componente categorizador. Mais informações sobre o exame do fluido vaginal podem ser encontradas na lista de referência16. Os componentes categorizadores podem ser examinados extraindo células através de lavagem vaginal, a técnica primária recomendada no monitoramento do ciclo estrous moderno. Embora os processos fisiológicos aprofundados dentro de cada etapa estejam fora do escopo deste estudo, mais informações podem ser encontradas na literatura17.

O uso e o desenvolvimento contínuo desta técnica de monitoramento de ciclo estrous está enraizado nas conexões entre hormônios esteroides sexuais e a função de sistemas corporais como o sistema cardiovascular18, sistema endócrino8 e sistema nervoso central 19,20,21. Ao mesmo tempo, o monitoramento do ciclo estrous pode nem sempre ser necessário quando os roedores femininos estão envolvidos 22,23,24,25. Em vez disso, é importante primeiro considerar se as diferenças sexuais foram relatadas na área específica do estudo, o que pode ser ainda mais explorado nas revisões publicadas22,23. Embora o monitoramento do ciclo estrous seja vital em um amplo espectro de investigações de pesquisa, não deve ser visto como um obstáculo para incluir roedores fêmeas em experimentos. Embora essa técnica possa parecer complexa e demorada, o procedimento em si pode levar menos de 15 minutos para ser concluído, dependendo do investigador, e é econômico. No geral, a inclusão de roedores femininos em estudos científicos é vantajosa para a compreensão dos sistemas corporais, das diversas condições e patologias e do bem-estar geral, uma vez que esses desenvolvimentos têm sido baseados principalmente no modelo corporal masculino.

Parâmetros universais e variabilidades naturais no roedor
Estabelecer faixas para aspectos vistos como “típicos” é necessário para definir padrões de ciclo padrão, definir parâmetros para fins comparativos e analíticos e detectar anormalidades e outliers. Ao mesmo tempo, também é importante reconhecer que o ciclo de cada rato é único, e são esperados desvios baseados em cepas animais, processos fisiológicos e condições ambientais. Na verdade, um dos aspectos mais “normais” do ciclo estrous é a variabilidade. Isso é visto no comprimento total do ciclo, com um intervalo de 3-38 dias26,27; a idade de maturação sexual que pode variar de 32 a 34 dias a várias semanas 28,29,30; o que é considerado acíclico11, e os padrões determinantes categorizadores 11,13. No geral, não há um modelo universal para o ciclo estrous, e traduzir isso tanto para a comunidade científica quanto para o público em geral é uma parte importante do processo experimental.

Pontos de tempo experimentais e idade do desenvolvimento
Reconhecer esse princípio de variabilidade auxilia na construção de um design experimental confiável e válido. Por exemplo, o início do monitoramento do ciclismo estrous depende do desenvolvimento anatômico e fisiológico dos ratos, que varia de acordo com fatores ambientais e fisiológicos. O monitoramento não pode começar até o desenvolvimento da abertura vaginal (VO), que é o orifício vaginal externo cercado pela vulva que leva à porção interna do canal vaginal (Figura 3A-D). Embora o VO muitas vezes se desenvolva plenamente entre as idades de 32 e 34 dias, ele permanece individualizado para cada sujeito, e muito sobre o processo permanece desconhecido. Esta abertura tem sido utilizada para identificar o início do amadurecimento sexual, que tem sido associado ao aumento do estradiol31, ao amadurecimento do eixo hipotalâmica-pituitário-ovário32 e à primeira ovulação em ratos 17,33,34,35. No entanto, publicações recentes descobriram que é apenas um marcador indireto do desenvolvimento reprodutivo, pois pode se desacoplar de ocorrências hormonais e de desenvolvimento em ambientes desfavoráveis31 e pode representar mudanças nos níveis estradiol em vez de maturação sexual33. Portanto, recomenda-se não depender apenas do VO para determinar a idade do desenvolvimento e como qualificação para o monitoramento do ciclo estrous36, mas também utilizar o aparecimento do primeiro estágio EST e a cornificação das células epiteliais30 para marcar o início da maturação sexual.

O peso corporal está notavelmente correlacionado com a idade de desenvolvimento durante o período adolescente em roedores30,37 e, portanto, também pode auxiliar na determinação da idade do desenvolvimento nesse período. Os mecanismos propostos relacionados a esse fenômeno incluem a estimulação de hormônios necessários para o desenvolvimento reprodutivo, como o hormônio do crescimento, e a inibição do eixo adrenal hipotalâmico-pituitário (HPA) pelo regulador do apetite, a leptina30. No entanto, não é recomendável utilizar essa medida como único indicador da idade do desenvolvimento devido à grande variância observada entre ratos entre espécies e fornecedores de fornecedores38. A variabilidade observada no desenvolvimento do VO e do peso corporal exemplificam a importância do conceito no processo experimental global.

Tradução para humanos: contextos culturais e científicos
A relação translacional dos estudos reprodutivos animal-humano é bidirecional. Os resultados de estudos em animais influenciam a forma como os processos humanos são avaliados, abordados e analisados39. A percepção do sistema reprodutivo humano e seus processos relacionados influenciam a forma como os animais são estudados. De fato, uma das indicações mais altas para novas pesquisas nessa área decorre de crenças socioculturais tendenciosas relacionadas a ciclos hormonais que influenciam o processo científico. Muitas dessas convenções são derivadas de uma aversão cultural geral à discussão da menstruação, o que levou a uma lacuna de dados no conhecimento bem fundamentado40,41. Isso tem um espectro de consequências que vão de menor a letal — desde altura de prateleira e tamanho do smartphone até a montagem da armadura da polícia e diagnósticos de câncer perdidos42.

A descrição da menstruação como insalubre, destrutiva e tóxica — vista em textos reverenciados, mídia, dicionários e ensinamentos médicos — é conservada por publicações científicas. Isso ocorre através de descrições imprecisas e tendenciosas de ciclos hormonais, o isolamento do sistema reprodutivo de suas contrapartes neuroendócrinas e influências ambientais, e a perspectiva reducionista da conclusão de um ciclo como uma “falha na concepção”43,44. Isso leva à criação de práticas experimentais insalubres, como a omissão de variáveis externas que influenciam os ciclos hormonais, determinando os pontos de partida e os pontos finais baseados apenas em desenvolvimentos anatômicos e medindo o avanço do ciclo de forma linear e não circular. Apesar da correlação direta entre fatores socioculturais e consequências biológicas, muitas vezes não é considerada na literatura científica. Através da inspeção de publicações mais holísticas 43,44,45, os pesquisadores podem desconstruir esses estigmas e criar projetos experimentais mais confiáveis e válidos.

Protocol

Todos os métodos de manuseio e procedimento descritos neste protocolo estão alinhados com as diretrizes de cuidados e uso de animais dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e foram aprovados pelo Comitê Institucional de Cuidados e Uso de Animais (IACUC) da Pepperdine University e pelo Comitê de Pesquisa Animal (ARC) do Chanceler da UCLA. 1. Cuidados e uso de animais Adquirir ratos fêmeas, em números de acordo com a análise de energia, e ratos machos para promover o efeito Whi…

Representative Results

Os dados atuais refletem o do Programa Internacional de Padronização Genética (IGS) da adolescente na presença de ratos SD masculinos. Esses animais foram localizados nos laboratórios pepperdine e ucla como parte de um estudo colaborativo. A Figura 5 apresenta múltiplas variações dos 4 estágios do ciclo. A Figura 5A1 foi identificada como uma amostra de diestrus com vários tipos de células presentes. Este exemplo demonstra que amostra…

Discussion

Principais passos e considerações importantes
Certas etapas críticas no protocolo fornecido requerem ênfase, especialmente dentro da coleta de células vaginais. Durante a extração do fluido vaginal, garantir o ângulo adequado e a profundidade da inserção da seringa é fundamental para produzir resultados satisfatórios e, em última instância, prevenir irritação, lesão ou estimulação cervical ao animal. A estimulação do colo do útero pode ser uma fonte de indução de pseudopregnaç…

Disclosures

The authors have nothing to disclose.

Acknowledgements

Este estudo foi conduzido através de uma colaboração financiada pelo NIH entre o Centro de Pesquisa de Lesões Cerebrais da Universidade da Califórnia em Los Angeles (BIRC).

Materials

AmScope 40X-1000X LED Student Microscope + 5MP USB Camera AmScope Part Number: M150C-E5 EAN: 0608729747796 Model Number: M150C-E5 https://www.amazon.com/AmScope-40X-1000X-Student-Microscope-Camera/dp/B00O9GNOTA/ref=sr_1_15?crid=2W9CHTG8YSOTV&
keywords=usb+camera+for+microscope&
qid=1572477663&s=industrial
&sprefix=USB+camera+for+micr%2Cindustrial%2C177&sr=1-15
BD PrecisionGlide Needle Pack, 20G x 1, Short Bevel Fischer Scientific 14-815-526 https://www.fishersci.com/shop/products/bd-precisionglide-single-use-needles-short-bevel-regular-wall-4/14815526#?keyword=BD%20PrecisionGlide%20Needle%20Pack,%2020G%20x%201
Bed O Cob 1/8 NEWCO 93009 https://andersonslabbedding.com/cob-products/bed-ocobs-8b/
Corning™ Plain Microscope Slides Plain water-white glass Fischer Scientific 12-553-7A https://www.fishersci.com/shop/products/corning-plain-microscope-slides-microscope-slides-75-x-25mm/125537a
Corning™ Rectangular Cover Glasses Fischer Scientific 12-553-464 https://www.fishersci.com/shop/products/corning-square-rectangular-cover-glasses-rectangle-no-1-thickness-0-13-0-17mm-size-24-x-50mm/12553464#?keyword=true
Kimberly-Clark Professional™ Kimtech Science™ Kimwipes™ Delicate Task Wipers, 1-Ply Fischer Scientific 06-666 https://www.fishersci.com/shop/products/kimberly-clark-kimtech-science-kimwipes-delicate-task-wipers-7/p-211240?crossRef=kimwipes
Labdiet Rodent Lab Chow 50lb, 15001  NEWCO Specialty and LabDiet 5012 https://www.labdiet.com/products/standarddiets/rodents/index.html
Linear LED Bulb, UL Type A, T8, Medium Bi-Pin (G13), 4,000 K Color Temperature, Lumens 2550 lm Grainger 36UX10 https://www.grainger.com/product/36UX10?gclid=CjwKCAjw_
LL2BRAkEiwAv2Y3SW1WdNdkf7
zdIxoT9R6n2DGnrToJHjv-pwCTca4ahQyExrrtWvbgwRoCi4
cQAvD_BwE&s_kwcid=AL!2966!3!335676016696
!p!!g!!led18et8%2F4%2F840&ef_id=
CjwKCAjw_LL2BRAkEiwAv2Y3SW
1WdNdkf7zdIxoT9R6n2DGnrToJ
Hjv-pwCTca4ahQyExrrtWvbgwRo
Ci4cQAvD_BwE:G:s&s_kwcid=AL!2966!3!335676016696!p!!g!!led18et8%2F4%2F840&cm_mmc=
PPC:+Google+PPC
Sodium Chloride Injection Bags, 0.9% Live Action Safety ABB079830939 https://www.liveactionsafety.com/injection-iv-solution-9-sodium-chloride-1000ml-bags/
Syringe Sterile 1ml  with Luer Slip Tip – 100 Syringes by BH Supplies BH Supplies ASIN: B07BQDRDC2 UPC: 638632928821 https://www.amazon.com/1ml-Syringe-Sterile-Luer-Slip/dp/B07BQDRDC2/ref=sr_1_1_sspa?crid=13S8EGEUK90G7&
keywords=1ml+sterile+syringe&qid=
1572478649&s=industrial
&sprefix=1+ml+steri%2Cindustrial%2C187&sr=1-1-spons&psc=1&spLa=
ZW5jcnlwdGVkUXVhbGlmaWVy
PUEyRlo4NFdZWkJLWkxGJm
VuY3J5cHRlZElkPUEwMDEzODQ
yMjNWNzdWM0hTNzVBRCZlbmNy
eXB0ZWRBZElkPUEwNDI3NzAzM
0E5SzVKMkxaQVc2JndpZGdldE5h
bWU9c3BfYXRmJmFjdGlvbj1jbGlja
1JlZGlyZWN0JmRvTm90TG9nQ2
xpY2s9dHJ1ZQ==
Wire lids and floors Mouse Maternity Wire Bar LidUsed with Rat Cage (10" X 19" x 8"H )Overall dimen Allentown LV40326013 https://www.labx.com/item/wire-lids-and-floors-mouse-maternity-wire-bar-lidused/LV40326013#description
Ultra Lightweight Tissue and Plastic 17' x 24' Disposable Underpad Medline EAN: 0480196288558
 Global Trade Identification Number: 40080196288558
https://www.amazon.com/Medline-Industries-MSC281224C-Lightweight-Disposable/dp/B00A2G67YU/ref=sr_1_4?keywords=medline+industries+surgical+pads&qid=1572475853&
sr=8-4

References

  1. Schneider, M. Adolescence as a vulnerable period to alter rodent behavior. Cell and Tissue Research. 354 (1), 99-106 (2013).
  2. Camacho-Arroyo, I., Montor, J. M. Beyond reproductive effects of sex steroids. MiniReviews in Medicinal Chemistry. 12 (11), 1037-1039 (2012).
  3. Shah, S. I. A. Systemic non-reproductive effects of sex steroids in adult males and females. Human Physiology. 44, 83-87 (2018).
  4. Wierman, M. E. Sex steroid effects at target tissues: mechanisms of action. Advances in Physiology Education. 31 (1), 26-33 (2007).
  5. An, G., et al. Pathophysiological changes in female rats with estrous cycle disorder induced by long-term heat stress. BioMed Research International. 2020, 4701563 (2020).
  6. Donato, J., et al. The ventral premammillary nucleus links fasting-induced changes in leptin levels and coordinated luteinizing hormone secretion. Journal of Neuroscience. 29 (16), 5240-5250 (2009).
  7. Fortress, A. M., Avcu, P., Wagner, A. K., Dixon, C. E., Pang, K. Experimental traumatic brain injury results in estrous cycle disruption, neurobehavioral deficits, and impaired GSK3β/β-catenin signaling in female rats. Experimental Neurology. 315, 42-51 (2019).
  8. Hatsuta, M., et al. Effects of hypothyroidism on the estrous cycle and reproductive hormones in mature female rats. European Journal of Pharmacology. 486 (3), 343-348 (2004).
  9. Jaini, R., Altuntas, C. Z., Loya, M. G., Tuohy, V. K. Disruption of estrous cycle homeostasis in mice with experimental autoimmune encephalomyelitis. Journal of Neuroimmunology. 279, 71-74 (2015).
  10. Tropp, J., Markus, E. J. Effects of mild food deprivation on the estrous cycle of rats. Physiology and Behavior. 73 (4), 553-559 (2001).
  11. Goldman, J. M., Murr, A. S., Cooper, R. L. The rodent estrous cycle: characterization of vaginal cytology and its utility in toxicological studies. Birth Defects Research. Part B, Developmental and Reproductive Toxicology. 80 (2), 84-97 (2007).
  12. Thung, P. J., Boot, L. M., Muhlbock, O. Senile changes in the oestrous cycle and in ovarian structure in some inbred strains of mice. Acta Endocrinologica. 23 (1), 8-32 (1956).
  13. Cora, M. C., Kooistra, L., Travlos, G. Vaginal cytology of the laboratory rat and mouse: Review and criteria for the staging of the estrous cycle using stained vaginal smears. Toxicologic Pathology. 43 (6), 776-793 (2015).
  14. . Biochemical and endocrinological studies of normal and neoplastic tissue: The metabolism of estrogen-producing ovarian tumors and other malignancies in the mouse Available from: https://www.translatetheweb.com/?from=nl&to=en&ref=SERP&dl=en&rr=UC&a=https%3a%2f%2frepository.tudelft.nl%2fislandora%2fobject%2fuuid%253A8776d58a-6695-4a38-99ca-0abf607480f0 (2021)
  15. Van Der Lee, S., Boot, L. M. Spontaneous pseudopregnancy in mice. Acta Physiologica Pharmacologica Neerlandica. 4 (3), 442-444 (1955).
  16. Paccola, C., Resende, C., Stumpp, T., Miraglia, S., Cipriano, I. The rat estrous cycle revisited: a quantitative and qualitative analysis. Animal Reproduction. 10 (4), 677-683 (2013).
  17. Ojeda, S. R., Urbanski, H. F., Knobil, E., Neill, J. D. Puberty in the rat. The Physiology of Reproduction. , 363-409 (1994).
  18. Schallmayer, S., Hughes, B. M. Impact of oral contraception and neuroticism on cardiovascular stress reactivity across the menstrual cycle. Psychology, Health & Medicine. 15 (1), 105-115 (2010).
  19. Barreto-Cordero, L. M., et al. Cyclic changes and actions of progesterone andallopregnanolone on cognition and hippocampal basal (stratum oriens) dendritic spinesof female rats. Behavioural Brain Research. 379, 112355 (2020).
  20. de Zambotti, M., Trinder, J., Colrain, I. M., Baker, F. C. Menstrual cycle-related variation in autonomic nervous system functioning in women in the early menopausal transition with and without insomnia disorder. Psychoneuroendocrinology. 75, 44-51 (2017).
  21. Maghool, F., Khaksari, M., Khachki, A. S. Differences in brain edema and intracranial pressure following traumatic brain injury across the estrous cycle: Involvement of female sex steroid hormones. Brain Research. 1497, 61-72 (2013).
  22. Bale, T. L., Epperson, C. N. Sex as a biological variable: Who, what, when, why, and how. Neuropsychopharmacology. 42 (2), 386-396 (2017).
  23. Becker, J. B., Prendergast, B. J., Liang, J. W. Female rats are not more variable than male rats: a meta-analysis of neuroscience studies. Biology of Sex Differences. 7, 34 (2016).
  24. Prendergast, B. J., Onishi, K. G., Zucker, I. Female mice liberated for inclusion in neuroscience and biomedical research. Neuroscience and Biobehavioral Reviews. 40, 1-5 (2014).
  25. Joel, D., McCarthy, M. M. Incorporating sex as a biological variable in neuropsychiatric research: where are we now and where should we be. Neuropsychopharmacology. 42 (2), 379-385 (2017).
  26. Long, J. A., Evans, H. M. The oestrous cycle in the rat and its associated phenomena. Memoirs of the University of California. 6, 1 (1922).
  27. Westwood, F. R. The female rat reproductive cycle: A practical histological guide to staging. Toxicologic Pathology. 36 (3), 375-384 (2008).
  28. Lenschow, C., Sigl-Glöckner, J., Brecht, M. Development of rat female genital cortex and control of female puberty by sexual touch. PLoS Biology. 15 (9), 2001283 (2017).
  29. Lewis, E. M., Barnett, J. F., Freshwater, L., Hoberman, A. M., Christian, M. S. Sexual maturation data for Crl Sprague-Dawley rats: Criteria and confounding factors. Drug and Chemistry Toxicology. 25 (4), 437-458 (2002).
  30. Spear, L. P. The adolescent brain and age-related behavioral manifestations. Neuroscience and Biobehavioral Reviews. 24 (4), 417-463 (2000).
  31. Gaytan, F., et al. Development and validation of a method for precise dating of female puberty in laboratory rodents: the puberty ovarian maturation score (pub-score). Scientific Reports. 7, 46381 (2017).
  32. da Silva Faria, T., da Fonte Ramos, C., Sampaio, F. J. Puberty onset in the female offspring of rats submitted to protein or energy restricted diet during lactation. Journal of Nutritional Biochemistry. 15 (2), 123-127 (2004).
  33. Caligioni, C. S. Assessing reproductive status/stages in mice. Current Protocols in Neuroscience. 48 (1), 1 (2009).
  34. Engelbregt, M. J., et al. Delayed first cycle in intrauterine growth-retarded and postnatally undernourished female rats: follicular growth and ovulation after stimulation with pregnant mare serum gonadotropin at first cycle. Journal of Endocrinology. 173 (2), 297-304 (2002).
  35. Pescovitz, O. H., Walvoord, E. C. . When puberty is precocious: Scientific and clinical aspects. , (2007).
  36. . Standard Evaluation Procedure Test Guidelines 890.1450: Pubertal development and thyroid function in intact juvenile/peripubertal female rats assay Available from: https://www.epa.gov/sites/production/files/2015-07/documents/final_890.1450_female_pubertal_assay_sep_8.24.11.pdf (2011)
  37. Kennedy, G. G., Mitra, J. Body weight and food intake as initiating factors for puberty in the rat. Journal of Physiology. 166 (2), 408-418 (1963).
  38. Sengupta, S., Arshad, M., Sharma, S., Dubey, M., Singh, M. M. Attainment of peak bone mass and bone turnover rate in relation to estrous cycle, pregnancy and lactation in colony-bred Sprague-Dawley rats: Suitability for studies on pathophysiology of bone and therapeutic measures for its management. Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology. 94 (5), 421-429 (2005).
  39. Iannaccone, P. M., Jacob, H. J. Rats. Disease models & Mechanisms. 2 (5-6), 206-210 (2009).
  40. Koff, E., Rierdan, J., Stubbs, M. L. Conceptions and misconceptions of the menstrual cycle. Women & Health. 16 (3-4), 119-136 (1990).
  41. Sahay, N. Myths and misconceptions about menstruation: A study of adolescent school girls of Delhi. Journal of Women’s Health and Development. 3 (3), 154-169 (2020).
  42. . The deadly truth about a world built for men – from stab vests to car crashes Available from: https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/feb/23/truth-world-built-for-men-car-crashes (2019)
  43. Chrisler, J. C., Denmark, F. L., Paludi, M. A. The menstrual cycle in a biopsychosocial context. Women’s Psychology. Psychology of Women: A Handbook of Issues and Theories. , 193-232 (2008).
  44. . Re-cycling the menstrual cycle: A multidisciplinary reinterpretation of menstruation Available from: https://scholarworks.wmich.edu/masters_theses/3942 (1998)
  45. Sato, J., Nasu, M., Tsuchitani, M. Comparative histopathology of the estrous or menstrual cycle in laboratory animals. Journal of Toxicologic Pathology. 29 (3), 155-162 (2016).
  46. Whitten, W. K. Modification of the oestrous cycle of the mouse by external stimuli associated with the male. Journal of Endocrinology. 13 (4), 399-404 (1956).
  47. Smith, J. R., et al. The year of the rat: The Rat Genome Database at 20: a multi-species knowledgebase and analysis platform. Nucleic Acids Research. 48 (1), 731-742 (2020).
  48. Capdevila, S., Giral, M., Ruiz de la Torre, J. L., Russell, R. J., Kramer, K. Acclimatization of rats after ground transportation to a new animal facility. Laboratory Animals. 41 (2), 255-261 (2007).
  49. Conour, L., Murray, K., Brown, M. Preparation of animals for research-issues to consider for rodents and rabbits. ILAR journal. 47 (4), 283-293 (2006).
  50. National Academies Press (US) Committee on Guidelines for the Humane Transportation of Laboratory Animals. Guidelines for the Humane Transportation of Research Animals. National Academies Press. , (2006).
  51. Obernier, J., Baldwin, R. Establishing an appropriate period of acclimatization following transportation of laboratory animals. ILAR Journal. 47 (4), 364-369 (2006).
  52. National Research Council (US) Committee for the Update of the Guide for the Care and Use of Laboratory Animals. US) . Guide for the Care and Use of Laboratory Animals. 8th ed. , (2011).
  53. Pantier, L. K., Li, J., Christian, C. A. Estrous cycle monitoring in mice with rapid data visualization and analysis. Bio-protocol. 9 (17), 1-17 (2019).
  54. Cohen, I., Mann, D. Seasonal changes associated with puberty in female rats: effect of photoperiod and ACTH administration. Biology of Reproduction. 20 (4), 757-776 (1979).
  55. Nelson, J. F., Felicio, L. S., Randall, P. K., Sims, C., Finch, C. E. A longitudinal study of estrous cyclicity in aging C57BL/6J Mice: I. cycle frequency, length and vaginal cytology. Biology of Reproduction. 27 (2), 327-339 (1982).
  56. Pennycuik, P. R. Seasonal changes in reproductive productivity, growth rate, and food intake in mice exposed to different regimens of day length and environmental temperature. Australian Journal of Biological Sciences. 25 (3), 627-635 (1972).
  57. Piacsek, B. E., Hautzinger, G. M. Effects of duration, intensity and spectrum of light exposure on sexual maturation time of female rats. Biology of Reproduction. 10 (3), 380-387 (1974).
  58. Rubinow, M. J., Arseneau, L. M., Beverly, J. L., Juraska, J. M. Effect of the estrous cycle on water maze acquisition depends on the temperature of the water. Behavioral Neuroscience. 118 (4), 863-868 (2004).
  59. JoVE Science Education Database. Lab Animal Research. Fundamentals of Breeding and Weaning. JoVE. , (2020).
  60. Campbell, C., Schwartz, N. The impact of constant light on the estrous cycle of the rat. Endocrinology. 106 (4), 1230-1238 (1980).
  61. Nelson, J. F., Felicio, L. S., Osterburg, H. H., Finch, C. E. Altered profiles of estradiol and progesterone associated with prolonged estrous cycles and persistent vaginal cornification in aging C578L/6J mice. Biology of Reproduction. 24 (4), 784-794 (1981).
  62. Rivest, R. W. Sexual maturation in female rats: Hereditary, developmental and environmental aspects. Experientia. 47 (10), 1026-1038 (1991).
  63. CD® (Sprague Dawley) IGS Rat. Charles River Laboratories Available from: https://www.criver.com/products-services/find-model/cd-sd-igs-rat?region=3611 (2021)
  64. JoVE Science Education Database. Lab Animal Research. Rodent Handling and Restraint Techniques. JoVE. , (2020).
  65. Circulatory System. Biology Corner Available from: https://www.biologycorner.com/worksheets/rat_circulatory.html (2021)
  66. Urogenital System. n.d.). Biology Corner Available from: https://www.biologycorner.com/worksheets/rat_circulatory.html (2021)
  67. . Anatomical foundations of neuroscience: Mini-atlas of rat’s brain. Anatomy and Cell Biology 9535b Available from: https://instruct.uwo.ca/anatomy/530/535downs.htm (2008)
  68. Byers, S. L., Wiles, M. V., Dunn, S. L., Taft, R. A. Mouse estrous cycle identification tool and images. PloS One. 7 (4), 1-5 (2012).
  69. Marcondes, F. K., Bianchi, F. J., Tanno, A. P. Determination of the estrous cycle phases of rats: some helpful considerations. Brazilian Journal of Biology. 62 (4), 609-614 (2002).
  70. Champlin, A. K., Dorr, D. L., Gates, A. H. Determining the stage of the estrous cycle in the mouse by the appearance of the vagina. Biology of Reproduction. 8 (4), 491-494 (1973).
  71. Ajayi, A. F., Akhigbe, R. E. Staging of the estrous cycle and induction of estrus in experimental rodents: an update. Fertility Research and Practice. 6 (5), (2020).
  72. Bartos, L. Vaginal impedance measurement used for mating in the rat. Laboratory Animals. 11 (1), 53-55 (1977).
  73. Belozertseva, I. V., Merkulov, D. D., Vilitis, O. E., Skryabin, B. V. Instrumental method for determining the stages of the estrous cycle in small laboratory rodents. Laboratory Animals for Scientific Research. (4), (2018).
  74. Ramos, S. D., Lee, J. M., Peuler, J. D. An inexpensive meter to measure differences in electrical resistance in the rat vagina during the ovarian cycle. Journal of Applied Physiology. 91 (2), 667-670 (2001).
  75. Singletary, S. J., et al. Lack of correlation of vaginal impedance measurements with hormone levels in the rat. Contemporary Topics in Laboratory Animal Science. 44 (6), 37-42 (2005).
  76. Bretveld, R. W., Thomas, C. M., Scheepers, P. T., et al. Pesticide exposure: the hormonal function of the female reproductive system disrupted. Reproductive Biology Endocrinology. 4 (30), (2006).
  77. MacDonald, J. K., Pyle, W. G., Reitz, C. J., Howlett, S. E. Cardiac contraction, calcium transients, and myofilament calcium sensitivity fluctuate with the estrous cycle in young adult female mice. American Journal of Physiology. Heart and Circulatory Physiology. 306 (7), 938-953 (2014).
  78. Koebele, S. V., Bimonte-Nelson, H. A. Modeling menopause: The utility of rodents in translational behavioral endocrinology research. Maturitas. 87, 5-17 (2016).

Play Video

Cite This Article
Robert, H., Ferguson, L., Reins, O., Greco, T., Prins, M. L., Folkerts, M. Rodent Estrous Cycle Monitoring Utilizing Vaginal Lavage: No Such Thing As a Normal Cycle. J. Vis. Exp. (174), e62884, doi:10.3791/62884 (2021).

View Video